sábado, 12 de janeiro de 2013

Minha Viagem de férias


Olha pessoal! Saí de férias istor dia e resolvi gastá inté o qui eu num tinha. Comprei um jumentinho e falei preu mesmo! Vou lascá a sandália no mundo e pegá um sor qui na Brasília   num tem. Peguei uma bateria carregada, instalei um toca-fita Rodstar e coloquei no lombo do bicho que di tão infeitado parecia inté uma árvori e natá.Ele era um bicho muito arisco e tinha tração  nas quatro patas, ar concionado que só funcionava na hora que sortava pum, óculos Ri Ban na cara que ficava inté parecido cum Vardiki Soriano. O jumento era mais metido que secretária de deputado e tinha uma listra preta no lombo que parecia que era pintado. Saí ouvindo o som na maior altura,tocando a música do Luis Gonzaga que se chama O Jumento é nosso irmão. Peguei a istrada do Sobradin . pra dispois encontrar a 020 cum distino indestinado e cum dô nu intestino pro causa dos pastér da redoviária, acompanhado do disintala gato que é o tar di cardo di cana. Com o jumento a mais di deis por hora quase dando cavalo di pau
na pista, quando o bicho puxava o frei de mão. segui aquela istrada a mais di cinco hora e ainda num tinha passado di Pranaltina dos goiás. Desci pra tomá um café nesses lugá na bera da estrada e falei com o vendedo. Bota um café aí pra mim e ele me perguntô ! É pingado? E eu falei! Põe de uma veiz só qui eu tô com pressa! Paguei aquele pretinho com o que tinha sobrado do 13º e montei no imprestável que era o nome do meu burrico e segui em direção a Bahia. Na subida as tartaruga me ultrapassava, mas só que na descida as coisa se invertia porque aí era eu qui era ultrapassado por elas. Mas num me abati pois dispois de cinco dia de viagem usando aquele papel igiênico Jornalex que limpa e informa, sem tomá banho, já tava cum cherinho de francês, me senti importante e usei aquele perfumi qui mi custou os olhos da cara, mais ou menos uns 5 Real de nome Essensê de Lê Gambá e a coisa mudô, eu tava mais cherôso do qui mulhé da vida no local di trabalho, peguei o espelho e vi qui tava mais bunito do qui contra-cheque di deputado no finar do ano. Já tava chegando perto de Alvorada pois percebi qui faltava apenas 120 quilômetros pra percorrer montado naquele  jumento ligêro. Só qui o bicho inpacô qui nem medida provisória quando intala a pauta do congresso ,e eu fiquei parado qui nem salário de servidor público no governo da Dilma, e fiquei mais chateado do que torcedor do torcedô do Botafogo na reta finar do campeonato., mais num pudia desistir porque afinar eu tava curtindo as férias. Cansei! Larguei aquele filhote de zaga do Flamengo cum ataque do Atlético Goianiense no meio da istrada amarrado num pé de piqui onde tinha uma caixa de marimbondos. Segui a minha caminhada levando a importância de deis reaus e um vale transporte. Andei muito, sofri mais que palmeirense em dia de jogo e cansei mais do que zagueiro que tenta marcar o Neymar. Dispois de caminhá uma semana cheguei em Alvorada cuns pé mais lascado do que juelho de torcedor do Vasco fazendo promessa pro time melhorár. Quando eu entrei na cidade, a primeira cara que eu vi foi a daquele burro discarado cum a barriga quase arrastando no chão  di tanto cumê e aquele ar di felicidade que mais parecia um torcedô do Fluminense. Cheguei bem perto daquele istrupício, olhei bem nos olhos dele e por um momento pensei que ele de certa forma tava rindo de mim com aqueles beiço de lutador derrotado de luta livre e aquele olhar de menino traquino que tinha acabado de ver a priminha tomar banho pelada. O ódio me subiu a cabeça e a vontade que tive foi de esmurrar aquele filhote de STJD com CBF até ele cair que nem adversário do Anderson Silva. Eu tava retado! Eu tava muito raivoso porque investi naquele jegue inté o dinheiro que num tinha pra dispois aquele desclassificado me deixar a pé ondi a única coisa que passava era os dias das minhas férias. Foi triste as pinga qui eu tomei e pior ainda os tombo que eu levei. Sentei no banco da praça pra discança e arrumar um jeito de vortá pra casa porque as férias tinham ído pras cucuia e então eu tinha que vortá pra Brasília onde o trabalho me esperava. 
O jumento qui num é burro ficou com o fazendeiro em Alvorada comendo do bom e do mió. Mas agora tenho que ir embora e só confio nas minhas pernas. Elas não empacam e nem me deixam na istrada.     

Conto de Roberto Carvalho.